Na adolescência, as meninas passam por grandes mudanças corporais e sociais que as colocam em maior grau de vulnerabilidade. É uma fase em que existe pressão social para um controle mais rígido sobre seus corpos, que tendem a ser objetificados pelos meninos, pelos homens e pela mídia, deixando-as mais suscetíveis à violência e às doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo a ONU Mulheres Brasil, na puberdade, 49% das meninas abandonam a prática esportiva, e a autoestima delas tende a cair duas vezes mais em comparação à dos meninos. Além disso, elas recebem pouco incentivo para ocupar espaços socialmente construídos como sendo de dominação masculina.

A exclusão das meninas do esporte, tanto pela falta de oportunidades quanto pela pressão dos estereótipos de gênero, impede que elas desenvolvam seu pleno potencial. Isso faz com que a adolescência seja uma fase de suma importância para intervenções que busquem reverter essa realidade e estimulem o potencial das jovens enquanto agentes transformadoras de sua realidade social.

Esta cartilha lista estratégias para prevenção à violência contra mulheres e meninas por meio do esporte e boas práticas para desenvolver programas esportivos em um ambiente seguro.