Mãe nenhuma é obrigada a aguentar brigas, xingamentos e pressões psicológicas do pai do filho. Isso é um fato. Mas o bloqueio no WhatsApp não é tão simples.

Os pais têm o dever de compartilhar com o outro informações sobre a vida do filho. Então, antes de bloquear no WhatsApp, é preciso que a mãe crie outro canal de comunicação, como um e-mail, para informar ao pai as informações pessoais relevantes da vida dos filhos.

E o que são essas “informações pessoais”? São as informações escolares, médicas e alterações de endereço, por exemplo.

Mas, a mãe é obrigada a informar TUDO que acontece com a criança o tempo todo? Claro que não! A criança não está num reality show!

Saiba que é considerado suficiente o contato pela mãe 1 ou 2 vezes por semana, salvo em caso de urgência. Mas isso depende muito da necessidade da criança.

Outro ponto importante é que, além de criar este novo canal de comunicação, a mãe precisa comunicar ao pai que este será a nova forma de comunicação entre pai e filho. Assim, a mãe evita que o pai busque a caracterização da alienação parental, já que não haverá dificuldade ou impedimento do contato, mas sim uma nova forma dele acontecer.

Em relação às possíveis ofensas e xingamentos, é essencial documentar todas elas através de um registro de Boletim de Ocorrência e até mesmo prints, que podem ser verificados por Ata Notarial, feita no Cartório de Notas, ou por programas de verificação próprios (consulte sua advogada).

Por fim, quando possível, é interessante que os pais disponibilizem um aparelho celular para utilização única do filho, com o fim de viabilizar o contato entre eles. Mas, claro, com toda supervisão que uma criança ou um adolescente precisa ao usar um telefone com acesso à internet.

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