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Todos os bens estão no nome do meu marido. Quais são os meus direitos?

#Direito Civil#Direito da Mulher#Direito de Família

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Quando falamos em divórcio, a primeira coisa que vem à mente é como será a divisão dos bens. Por isso, é fundamental entender os direitos e obrigações que a nossa legislação estabelece. Isso porque embora seja muito comum que os bens estejam registrados apenas em nome de um dos cônjuges, isso não significa que o outro cônjuge não tenha direitos sobre esses bens em caso de divórcio.

No nosso país, o Regime de Bens é um elemento crucial a ser considerado nesse tipo de situação. O nosso Código Civil prevê alguns tipos de regimes de bens, sendo que os três mais comuns são:

  • Comunhão Parcial de bens
  • Comunhão Universal de bens e
  • Separação Total de bens.

No Brasil, a maioria dos casais adota o Regime da Comunhão Parcial de bens. Isso porque, a Comunhão Parcial de bens é o regime “padrão”, o que quer dizer que, caso não seja escolhido outro, esse será o aplicado.

Nesse regime, os bens adquiridos durante o casamento a título oneroso são considerados bens comuns do casal, independentemente de estarem registrados no nome de apenas um dos cônjuges ou de quem pagou pelo bem. Dessa forma, mesmo que todos os bens estejam no nome do seu marido, você tem direitos sobre eles.

No entanto, é importante informar que existem exceções a essa regra. Um exemplo prático: Se um dos cônjuges comprovar que os bens foram adquiridos antes do casamento ou através de doações/heranças. Nessas hipóteses, esses bens podem ser considerados bens particulares e não estão sujeitos à partilha.

Agora, se o casal optou pelo Regime da Separação Total de Bens, a situação é bem diferente: Nesse caso, cada cônjuge é proprietário exclusivo dos bens que estiverem registrados em seu nome. Portanto, se todos os bens estiverem no nome do seu marido e vocês forem casados sob o Regime de Separação Total de Bens, você não terá direito a esses bens.

Caso você esteja enfrentando uma situação em que seus direitos sobre os bens estejam sendo negligenciados, é recomendável que você procure o auxílio de um advogado especialista em Direito de Família.

Ressalta-se que cada caso é único e é essencial buscar orientação jurídica de um profissional qualificado para entender plenamente os seus direitos e encontrar uma solução adequada para a sua situação.

 

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Escrito por:

Tatiana Silva

\"Se você não nasceu para servir, não serve para viver\"

1 Comentário

  1. Na verdade eu preciso de orientação…